quinta-feira, 2 de junho de 2022

Coluna do dia 02/06/22

***Guairinha recebe o espetáculo, "Quando eu for mãe quero amar deste jeito", com Vera Fischer, neste final de semana***

Crédito das fotos: Divulgação.

***Nos dias 3, 4 e 5 de junho, o Teatro Guairinha recebe “Quando eu for mãe quero amar deste jeito”, pela escrita por Eduardo Bakr com direção de Tadeu Aguiar. O espetáculo marca o retorno de Vera Fischer ao palco depois de 4 anos. Ao mesmo tempo completa 55 anos de carreira. No elenco ainda estão Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch. “A peça coloca uma lente de aumento sobre sentimentos e sensações de cada um dos personagens. Destaco no texto o exagero sobre os pensamentos, desejos e motivações”, conta o autor Eduardo Bakr. Vera Fischer é dona Dulce Carmona, uma septuagenária que recebe a notícia de que seu único filho, Lauro (Mouhamed Harfouch), vai se casar com uma mulher que ela não conhece (Larissa Maciel). 

A partir daí, a comédia mostra a luta de uma mãe obcecada para dar ao filho um futuro digno de sua “classe social”. A aristocrática Dona Dulce Carmona entra numa guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família. Conhecido pela direção de grandes musicais, Tadeu Aguiar completa 42 anos de carreira encenando uma comédia ácida. “Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir. “Quando eu for mãe quero amar desse jeito” mostra um pouco desse amor atávico, mais forte do que a gente”, detalha. Tadeu, também diretor do musical “A cor púrpura”, com mais de 70 prêmios. 


“Quando eu for mãe quero amar desse jeito” reúne três atores com trajetórias bem diferentes. Recém-completados 70 anos, Vera Fischer diz que ama fazer teatro e trabalhar: “Minha vida não faz sentido sem trabalho. Eu preciso do trabalho. Sou independente. Quero trabalhar até meus 100 anos, quero fazer uma festa maior e melhor do que a dos meus 50! É isso! Eu sou daquele tipo de pessoa que todos os dias comemora a vida!". Larissa Maciel, lembrada até hoje pela interpretação da cantora Maysa na série da TV Globo, diz que sua personagem vai se revelando aos poucos. “O público terá que decifrá-la. Estou trabalhando com a Vera Fischer pela primeira vez, e pela segunda com o Mouhamed. Nosso trio teve sinergia desde a primeira leitura e temos nos divertido muito em cena”, revela Maciel. “Passa um filme na minha cabeça. 

A saudade do teatro era tanta antes dos ensaios, que quando o cenário chegou, parei e fui correndo brincar com os objetos de cena”, diz Mouhamed Harfouch. O figurino de Dani Vidal e Ney Madeira busca acentuar a personalidade dos personagens, oferecendo apoio a suas transformações ao longo do espetáculo. Uma paleta que vai do tom nude ao bordô intenso, marca a trajetória de Carmona, sendo utilizada a mesma paleta em gradação inversa para Gardênia. “Desta forma, buscamos posicionar gradativamente a noiva e futura esposa de Lauro, no lugar em que encontra Carmona, inicialmente”, conta Dani Vidal. “Lauro se mantém em posição intermediária, mediando as duas intensas e queridas mulheres, marcado em tons de azul. Um contraste surpreendente será revelado na cena de casamento de Gardênia e Lauro, identificando os desejos reais das duas mulheres de sua vida”, especifica Ney Madeira. 

O cenário de Natália Lana ambienta o espetáculo em uma casa aristocrática com certa decadência. “Apesar de à primeira vista termos um cenário realista, buscamos quebras e cortes que simbolizam a força da relação entre estas duas mulheres que não medem esforços para atingir seus objetivos. Optamos pela paleta de cores carregada no dourado e vermelho para enfatizar ainda mais esta força”, afirma Natália. A luz de Daniela Sanchez pretende manter a atmosfera de tensão constante. Com a luz é possível manipular quase que imperceptivelmente, através dos diferentes ângulos e recortes, as mudanças de cenas, num clima de mistério e suspense. Isso, sem perder a lado do humor ácido que a peça proporciona. A trilha sonora de Liliane Secco será toda original. ”Faço uso de instrumentos virtuais, recurso que dispensa a participação de músicos ao vivo”, finaliza Secco. 

Ficha técnica - Texto: Eduardo Bakr Direção: Tadeu Aguiar Elenco: Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch Cenário: Natália Lana Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal Desenho de luz: Daniela Sanchez Trilha sonora original: Liliane Secco Assistência de direção: Flavia Rinaldi Produção Executiva: Edgard Jordão Coordenação de produção: Norma Thiré.

Serviço: “Quando eu for mãe quero amar desse jeito” Classificação indicativa: 12 anos Duração: 80 minutos Data: 03, 04 e 05 de Junho | Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 18h Local: Teatro Guairinha – Rua XV de Novembro, s/n - Centro | Curitiba - PR Telefone: (51) 3227.510 | 3227.5300 Vendas Online: www.ticketfacil.com.br Bilheteria: CCTG - Centro Cultural Teatro Guaíra Rua Conselheiro Laurindo, s/n - Centro, Curitiba – PR Horário: Segunda à Sexta das 12h às 18h Valores Ingressos: Balcão: Inteira – R$ 90,00 | Meia-entrada: R$ 45,00 Plateia: Inteira – R$ 140,00 | Meia-entrada: R$ 70,00 Descontos: consulte os descontos legais no site da ticketeira. 

***Infinitos Campos Gerais abre exposição com artistas residentes***

 Crédito das fotos: Washington Silvera. 

***O projeto Infinitos Campos Gerais entra em sua reta final nesta quinta-feira (2/6), com a abertura da exposição com obras dos três artistas residentes, que estão no Campo das Artes, em São Luiz do Purunã. Willian Santos, Washington Silvera e Constance Pinheiro estão em imersão criativa desde o início de maio e agora vão mostrar o resultado do processo da residência artística que viveram no período. Argila, ferro, terra, pedras e plantas encontrados pelos artistas nas caminhadas pelo local foram usados nos trabalhos. A exposição fica aberta para visitação até dia 26 de junho, de quinta a domingo, das 13h30 às 17h30, gratuitamente. Como a visita é guiada, os organizadores solicitam a inscrição dos interessados por email infinitoscamposgerais@gmail.com. Silvera, que já participou de outras residências, considera fantástica a experiência de estar fora de sua oficina e sem as ferramentas que está acostumado. 

“Quando vi o potencial natural do lugar, não tive escolha senão aceitar essa condição. Em minha poética sempre trabalhei com experimentalismos e quando vi uma estufa que tem aqui, decidi usar”, conta ele. “Coletei várias espécies de plantas da vegetação local e fui acomodando na estufa, simulando um campo. Também conhecemos uma pedreira com vários tons de pedra e argila e escolhi algumas. Tem pedras fantásticas aqui”, observa ele, que também é chef de cozinha e tem uma importante trajetória de performances que envolvem a gastronomia, como o Kitchen Dub Experience. 

 

Mas, seu maior interesse, dentro do Infinitos, é mesmo na pesquisa de plantas que foi recolhendo. “Fui plantando e cuidando como um bom jardineiro. Algumas estão vingando outras não. Será a obra externa”, adianta ele, que criou ao todo quatro trabalhos e um outro que será exposto em conjunto com os demais participantes. Silvera também fez uma série de fotos no final do dia e tratou as imagens que poderão ser ‘levadas’ pelo visitante, por meio de um sistema de QR Code. As antenas de transmissão gigantes, que mudaram a paisagem da região, também foram parar nas criações. 

“Não sei o que transmitem, mas achei uma peça curiosa e usei um pedaço dela combinada com um espelho, para brincar com essa ideia de transmissão. Pelo que contam os moradores daqui essas antenas estão causando estragos. Incorporei”. Constance Pinheiro também já participou de diferentes residências e compartilha com Silvera as boas sensações em relação a experiência no Campo das Artes. “É um ambiente de trocas, convívio, pesquisa e trabalho. As trocas com os outros artistas e interlocutores locais potencializam e multiplicam a forma de trabalhar, de pensar, de agir, e responder ao que se apresenta. Isso tudo têm me motivado bastante. Com relação ao espaço, vejo que tem efeito no tempo também. 

O tempo dilatado de conexão com esse entorno”, pontua ela, que tem a intenção de “estar nesse constante trânsito de investigações e fazendo residências artísticas de tempos em tempos”. Ela conta que levou bastante material para trabalhar, porém acabou coletando muitos elementos do local, tanto materiais orgânicos quanto resíduos de descarte que o próprio Luis Melo guarda para esse fim. “O que posso adiantar dos trabalhos que serão exibidos na exposição são os resultados de uma investigação sobre as bordas da escarpa devoniana e as formações rochosas destes locais. E a experimentação pautada na linguagem do Desenho, com diversos materiais e suportes, como argilas e carvão vegetal da região, grafite e placas de metal enferrujado”, adianta. 

 O projeto - A residência artística é uma das propostas desta segunda edição do projeto, que promoveu ainda rodas de conversa sobre arte contemporânea e os Campos Gerais do Paraná e oficinas gratuitas para comunidade. Criado pela artista Maria Baptista, o projeto tem como base, também, os conceitos de site­specific, uma abordagem em que as obras dialogam diretamente com o ambiente, seja o espaço construído, a natureza ou questões históricas, sociais, econômicas e simbólicas do local; e de paisagem cultural, que entende que um lugar pode ser reconhecido por um conjunto de relações e interações entre o natural e o humano. 

“Interagir com a paisagem é uma das provocações que leva a existência do projeto Infinitos Campos Gerais e sua potencialidade de estimular, por meio da arte contemporânea, novas formas de pensamento e transformação, valorização e preservação dos Campos Gerais”, comenta Maria Baptista. “Foi muito rico observar essa experiência da residência. Observar os artistas ‘descobrindo’ o lugar e usando materiais que encontravam”, completa ela. Mais de 40 pessoas estiveram envolvidas diretamente no Infinitos e um momento especial foi o projeto educativo com estudantes das escolas públicas do município. 

“Alguns deles, inclusive, vão integrar a equipe de mediação durante a visitação pública da exposição”, adianta Maria, lembrando também que o projeto priorizou o uso de alimentos orgânicos, valorizando a agricultura local e familiar, dentro da perspectiva de trabalhar com alguns Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU para uma agenda mundial. Para o objetivo de Educação de Qualidade, complementando o ensino tradicional, serão ofertadas oficinas de arte contemporânea para jovens estudantes da rede pública de ensino de Balsa Nova. Infinitos Campos Gerais é realizado com apoio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice) - Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura - Governo do Estado do Paraná. Patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e parceria do Campo das Artes. O Instituto Purunã e a Prefeitura de Balsa Nova também são apoiadores dessa iniciativa. 

Serviço: Infinitos Campos Gerais – Exposição dos trabalhos dos artistas residentes: Constance Pinheiro, Washington Silvera e Willian Santos. Quando: De 2 a 26 de junho de 2022, de quinta a domingo, das 13h30 às 17h30. Campo das Artes (Estrada da Lage, 370 – São Luiz do Purunã) Agendamento de visitação: infinitoscamposgerais@gmail.com. Acompanhe nas redes: @infinitoscamposgerais. 

***Grupo Hospitalar São Vicente inicia campanha para arrecadar itens de inverno***

Crédito da foto: Divulgação. 

***Com a chegada das temperaturas mais baixas, o Grupo Hospitalar São Vicente inicia mais uma edição da campanha “Um Gesto de Calor”, que beneficia, especialmente, os pacientes em tratamento oncológico atendidos pelo SUS. Até o final do inverno, podem ser doadas toucas, cachecóis, pashiminas e mantas. “Essa campanha tem o objetivo de proporcionar a essas pessoas que estão passando por um processo de tratamento tão difícil um pouco de conforto e proteção”, afirma Rose Benedetti, psicóloga do Hospital São Vicente Curitiba. As doações podem ser feitas no Serviço de Atendimento ao Cliente do Hospital São Vicente Curitiba, localizado na Rua Vicente Machado, 401 – Centro. Mais informações pelo telefone e WhatsApp do SAC: (41) 3111-3134. 

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF - O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF). O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. 

Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia. A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br

***Últimos preparativos para o DEIC 2022***

Crédito da foto: Divulgação. 

***Já está tudo pronto para o Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca DEIC 2022, que Curitiba sediará de 30 de junho a 2 de julho, no Expo Unimed. Na última semana, o presidente do congresso, o cardiologista Miguel Morita, a empresária do setor de eventos de saúde, Andreia Brum, a diretora administrativa do DEIC, a cardiologista Lídia Zytynski Moura, e as organizadoras do evento, Flávia Hernandes e Vívian Pinheiro, estiveram no Restaurante Porcini para fazer a prova do cardápio para o jantar dos palestrantes. 

Andreia Brum, diretora da AB Eventos, veio de Porto Alegre, especialmente, para conferir os últimos detalhes do Congresso DEIC, que acontece pela primeira vez em formato híbrido: digital e presencial, de maneira simultânea. 

Após 12 anos, Curitiba recebe o congresso que contará com mais de 300 palestras, além de cursos em que os participantes do evento poderão se inscrever. Mais informações e inscrições pelo site: www.deic2022.com.br.  

***Contação de histórias, literatura e isolamento social serão temas de live especial com Gloria Kirinus***

Crédito da foto: Divulgação.

***Uma das principais escritoras da literatura infantojuvenil brasileira, a peruana, radicada em Curitiba, Gloria Kirinus, participará de uma live no próximo dia 10 de junho, promovida pela atriz Thyane Antunes, da Boreal Produções, para falar sobre “A Literatura, a contação de histórias e o isolamento social”. “A entrevista é para o público em geral, mas nosso foco é principalmente professores, contadores de histórias e estudantes da área, pois Gloria é uma autora reconhecida internacionalmente, trabalha com literatura há 37 anos, tem muitos livros para o público infantil, é uma autora aqui do Paraná e uma escritora fundamental a história da literatura brasileira”, revela Thyane Antunes. A transmissão será a partir das 20h, no Instagram @thyaneantunes. A live é um projeto realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. 

Gloria Kirinus revelará algumas de suas muitas histórias como contadora de histórias, palestrante e escritora, assim como a literatura faz parte da sua vida desde a infância, quando ouvia programas de contação de histórias no rádio. Ela ainda falará sobre a importância da literatura, os livros que publicou nesses dois últimos anos, os desafios com as mudanças para o mundo virtual durante a pandemia e como o isolamento social transformou sua inspiração e trabalho. “O impacto principal da pandemia foi a conversa com si mesmo, com nós mesmos, a um profundo momento de isolamento fabuloso. No meu livro “Synthomas de poesia na infância” tem um capítulo bem interessante sobre o isolamento fabuloso. Fabuloso vem fabulare, de fantasia, quando nos permitimos olhar para nós mesmos”, revela a escritora. 

A escritora começou sua trajetória em 1985, quando lançou sua primeira obra, “O sapato falador”, que recentemente ganhou uma reedição pela Editora Paulus. Mas, Gloria já não sabe dizer quantos livros escreveu, entre livros infantojuvenis, teóricos, poesias, contos, crônicas, muitos em versões bilíngues. Ela contabiliza somente os “livros vivos”, que ainda estão em circulação e não mais os “desmaiados, os mortinhos”, que não circulam mais. “Alguém me deu uma resposta em um evento e assegurou que eu tinha 30 livros, isso já faz um tempo, e eu achei um número bonito, redondo, e confio mais nessa pessoa que contou do que nas minhas próprias contas, porque eu fico cheia de ressalvas. Eu quero contar só os livros que estão circulando”, observa Gloria Kirinus. 

Sobre a Boreal Companhia de Teatro - A Boreal Companhia de Teatro nasceu em 2010 pelas mãos da produtora cultural e diretora Cris Betina Schlemmer e pela atriz Thyane Antunes. A companhia é especializada na elaboração, desenvolvimento e execução de projetos culturais aprovados pelas leis de incentivo (municipal, estadual e federal), com o objetivo de gerar valor aos seus parceiros e fomentar a cultura no país. Ao longo desses anos, montou peças para o público adulto e infantil, priorizando a qualidade artística, técnica e humana nos projetos que realiza. Entre as suas principais realizações estão “O Império da Paixão em Fatias Parcimoniosas”, “Nina e o Reino das Galochas”, “Sete Mares de Histórias” e “O Caderno Rosa da Senhora H”. Serviço: Live com Gloria Kirinus Data: 10 de junho Horário: 20h Local: Instagram @thyaneantunes. Transmissão aberta e gratuita.

***Exposição “Insólitos”, no MAC Paraná, inaugura Clube de Colecionadores do museu***

 Crédito das fotos: Divulgação. 

***O Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC–PR) está com a exposição "Insólitos" em cartaz. Com a curadoria de Pollyanna Quintella, a exposição, aborda o incomum, o anormal, o que não é habitual, o infrequente e o raro na visão de cinco artistas convidados: Daniel Acosta, Mano Penalva, Maya Weishof, Tony Camargo e Washington Silvera e outros artistas importantes do acervo do MAC Paraná. Junto aos cinco artistas convidados, estão na exposição importantes obras históricas de António Manuel, Cybele Varela, Henrique Fuhro, Pietrina Checcacci, Vera Chaves Barcellos, Solange Escosteguy e Ubi Bava, produzidas nos anos 1960 e 1970 e que fazem parte do acervo do MAC Paraná. Artes que trazem produções revolucionárias e um grande papel de experimentação no campo artístico em uma época de luta sociopolítica. O MAC Paraná está funcionando atualmente nas salas 8 e 9 no Museu Oscar Niemeyer. “Insólitos” fica em exibição até 31 de julho. 

Clube de Colecionadores - Além de dar continuidade ao projeto de remixar obras do acervo do MAC Paraná com artistas convidados, “Insólitos” traz em si uma potente novidade: os artistas convidados nesta exposição inauguram o Clube de Colecionadores do MAC Paraná, que visa incentivar o colecionismo de arte contemporânea e a arrecadação de fundos para novas aquisições de obras que serão, futuramente, incorporadas ao acervo da instituição. Essa é a primeira ação da Associação de Amigos do MAC (AAMAC), uma organização sem fins lucrativos criada exclusivamente para arrecadar fundos para a preservação do acervo do MAC Paraná. 

Historicamente, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná é um espaço de fomento e preservação da arte produzida no Brasil desde a década de 1940. Para Ana Rocha, diretora do museu, “o Clube de Colecionadores reforça ainda mais profundamente essa vocação do museu e fortalece a preservação da memória artística contemporânea que é salvaguardada aqui”. Mais informações sobre como participar do Clube estão na página do AAMAC dentro do site: www.mac.pr.gov.br.

Sobre as obras: As obras evidenciam uma visão de outro ponto de vista, a tradução do invisível, a interpretação fora do padrão e da obviedade daquilo que a imagem e um objeto representam. O artista baiano Mano Penalva utiliza a dualidade de significados por meio de obras feitas em materiais e utensílios presentes nos mercados populares, nos afazeres domésticos e na vida cotidiana. Entre elas, a intitulada “Namoradeira, Tramas”, exemplifica esse olhar além do óbvio. “As duas cadeiras unidas por uma única faixa de nylon representam o encontro dos corpos frente a frente”, explica ele. A visão do oposto também é traduzida pelo artista Washington Silvera, que exibe nas esculturas a linguagem surrealista e a poética hercúlea. 

Em sua obra “Luva e Espelho”, ele revela o reflexo, a dualidade entre o leve e o pesado da luva e a direita e a esquerda das mãos. Já a artista curitibana Maya Weishof, com o fascínio por imagens antigas, traz em suas pinturas a adaptação para a atualidade com traçados coloridos, delirantes, deformados e inusitados. Em “Noite Estrelada”, a artista debruça-se sobre a releitura do corpo da mulher, e relata que traz “erotismo e humor para uma imagem a princípio asséptica”. Nas “Fotoplanopinturas” do artista paranaense Tony Camargo, há a captura através de luz e movimento, a marcação de um momento performático por meio da fotografia e sua passagem para o suporte tridimensional. 

Para ele, busca nesses trabalhos “reencarnar” vistas. “Talvez o sentido desses objetos, como arte, está na vontade de recombinar compactando imagens ou lugares narrativos”, explica. O escultor gaúcho Daniel Acosta também visa dinamismo. Na mistura de arquitetura e design, trabalha com cores vibrantes, inspirado na arte oriental e traçando linhas em objetos. Segundo ele, “nos trabalhos a sobreposição dos elementos ornamentais sintéticos, que cruzam da direita para a esquerda e vice-versa, criam um dinamismo por contraposição”. 

Serviço: Exposição “Insólitos” Período de exposição: 05 de maio a 31 de julho Horário de visitação: de terça a sexta-feira das 10h às 19h e sábado das 10h às 15h Local: Museu de Arte Contemporânea do Paraná – MAC-PR (que atualmente está funcionando no Museu Oscar Niemeyer, nas salas 8 e 9) Endereço: Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico (Curitiba, PR) Ingressos: gratuito nas quartas-feiras, das 10h às 18h. Nos demais dias R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Gratuito para menores de 12 anos e maiores de 60 anos.

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